sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Passando pra Classe A

Pois bem, hoje estava eu pesquisando alguma coisa sobre futebol na internet, sobre os times da minha terra.

Aí vi um nome que eu desconhecia, e descobri que era do filho do presidente do clube. Até aí morreu Neves, né não?

Mas, como eu realmente desconhecia a existência do filho do presidente do clube, joguei o nominho dele no google pra eu ver fotos dele, principalmente pra ver se ele parecia o pai (heh.). Então, no google imagens, vi bem uma foto de um rapaz com uma moça. Abri o link. Coluna social do jornal da minha terra. Legenda da foto: "FILHO DO PRESIDENTE DO CLUBE E SUA NAMORADA FULANINHA FULANOSA"


Aí eu parei tudo, para o mundo que eu quero descer!!! A singela namorada do filho do dono do clube é simplesmente uma menina que foi da minha sala durante um certo tempo no colégio! Arrisco-me a dizer que éramos coleguinhas, conversávamos, e tal! E ela sempre torceu pro time cujo sogro é o presidente! E era bem fanática.

E melhor: como ela estudava no meu colégio, automaticamente, era classe C!! MESMO!!! For reals. Ela até morava em um bairro extremamente Classe C (e classe D também) da minha terra!!!

E agora lá, namorando um MILIONÁRIO!!, toda trabalhada na roupa de grife e nas joias no pescoço!!! Classe C my ass, ela deve pensar!! Bairro São Pobreza? Nunca mais piso lá!, ela deve pensar.

E então, minha gente, taí uma história decente (eu espero que seja) de uma moça Classe C, da mesma terra que eu, que virou Classe A sem precisar ir mendigar na Barra da Tijuca.
Viu, Classes C, sempre há esperança, ok! Sem precisar assaltar um banco.
Eu também, porque minha vida tem mais emoção, viver on the edge com medo de que descubram que você é pobre na Barra é muito mais legal do que virar new rich de repente!
(porque assim, o ranço de pobre fica mais evidente ainda, apesar de que eu acho mesmo que Fulaninha Fulanosa nem tinha tanto ranço assim, já que no colégio ela sempre gostou de bancar a rich bitch, foi uma lástima descobrirem que ela morava no bairro São Pobreza, hahaha.)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

As famosidades

Classe C que é Classe C tem uma família Classe C também.





No meu caso, minha querida tribo, que não me acompanha nessa empreitada na Barra, fica de lá na minha terra esperando as novidades.





Mas o que eles querem MESMO é saber com quais celebridades eu andei trombando pelos calçadões da vida *hahaha, isso pegou muito mal, mas confio em vocês, sou pobre, mas sou limpinha*





Pobre que é pobre mesmo, quando vê celebridade, vai lá e pede autógrafo, foto, tudo. Bom, que dá vontade, dá. Mesmo eu não sendo fã de ninguém. É mais pelo status mesmo, você acaba ficando por cima dos outros Classes C, porque foi tocado por um Classe A. Mas eu sou tímida, OHHNNNNN, e eu nunca faria isso. Mas veja bem. Meu povo fica de lá da minha aldeia mandando eu fazer isso. Ah, esse ranço de pobre. Eu aqui tentando fingir ser phyna, e eles lá querendo que eu fique tietando as pessoas! Não faço isso. Pelo menos enquanto não tiver a companhia de outra pessoa tão Classe C como eu, e que venha da minha tribo.





Pois bem, aqui vai uma lista dos famosos que já vi circulando por aí.





- Carolina Dieckmann (*close nos óculos Prada e bolsa Louis Vuitton dela. Tirei uma foto de longe, com celular, mais pra comprovar que eu VI mesmo. Ficou uma bela manchinha preta no fundo azul. Nesse dia, por uma questão de CENTÍMETROS, quase que saí no Ego! Alegria final da Classe C, ter a foto divulgada em um site famoso. Só não saí porque o paparazzo editou a foto e cortou a parte onde eu deveria estar.)


- Jogadores do Flamengo (*eles dentro do ônibus deles, hahaha)


- Fernanda Lima (*por supuesto, porque era uma magrelona, alta, loura, com dois pequenos loiríssimos em volta dela, não pude ver direito porque eu estava dentro do... ahn... ÔNIBUS em movimento - que não era o mesmo dos jogadores do Flamengo.)


- Cid Moreira (*fazendo sacolão com a mulher dele, vejam vocês.)



- Dani Monteiro (*fazendo externas pro No Limite, vejam só, quase que ela ia me pegar pra perguntar o que eu achava de algum participante. Eu ia morrer de vergonha porque não assisti nem 10 minutos dessa coisa. Meio do mato não é comigo.)





Acho que foram só esses. Por enquanto. Sem contar os outros que eu devo ter visto, mas que eu não reconheci.

e as vans

Bom, como finjo e muito bem que sou rica, não pego vans. Mesmo porque, como não sou daqui, não faço a mínima idéia se elas são confiáveis, o preço e pra onde elas vão.



Mas, ao contrário de mim, que não sei nada sobre eles, os motoristas e "colegas" das vans sabem muito sobre mim. Eu devo ter uma placa na testa com um néon escrito POBRE bem verde limão e rosa pink (falar rosa pink é coisa de pobre), porque é só eu estar andando de boa na calçada, que vem uma van e PARA do meu lado e começa a gritar PASSARELA DA BARRA SÃO CONRADO FASHION MALL ROCINHA BARRASHOPPING GARDÊNIA VIA PARQUE. Quédizê. Pras madame eles não param e não gritam pra onde vão. Mas, pra mim, POTENCIAL CLIENTE, vamo gritá. Ah, o meu ranço de pobre!



E pior que isso acontece quando eu tô ANDANDO na calçada, saindo da escola ou algo assim. AINDA que eu tivesse parada esperando o ônibus. MAS NÃO. Estou andando. Mas sem estar cagando. Aí eu tenho que recusar delicadamente a "caroninha" proposta pela van.



E não. Não sou bonita. Realidade é comigo mesmo. Como já disse, sou toda trabalhada no formol. FORMOL. Nada de muito atraente.

Minha vida de CLASSE C na Barra da Tijuca

Alô mundo!

Como bem diz o título, SOCORRO, SOU CLASSE C. Em plena Barra da Tijuca, valha-me Jesus.
Enquanto o mundo é A ou B, lá vem TONI (??????????????????????????????????), totalmente classe média-baixa, emergindo pra querida Classe C, indo morar num dos bairros mais chiques do Rio, no melhor estilo GOLPISTA, da escola do querido "filho do dono da Gol", um dos golpes mais memoráveis de todos os tempos, embora eu não me lembre do NOME do golpista.

Bom, como este é um bairro de rico, por supuesto, você o é. Daí que em todo lugar que você vai, você é tratado como rico. Até eu, porque eu tenho cara de pobre, vejam vocês, mas eu dei um trato antes de vir (leia-se: FORMOL), que eu preciso renovar agora, porque acabou o prazo de validade (o pixaim voltou).
Eu acho que me daria muito bem como rica excêntrica, mas como sou só excêntrica, as pessoas talvez achem que sou rica. Ou, pelo menos, que estou no bairro só a passeio (ou trabalhando no Walmart).

O problema é que meu golpe de fingir que sou rica não vai funcionar. Só vai funcionar enquanto as pessoas acharam que sou rica por supuesto. Porque sou classe C. E minhas raízes remontam à classe D. E isso não se DESMANCHA de uma hora pra outra, a pessoa que tem o pobre no sangue, continua pobre pra sempre. Mesmo quando sobe UM degrau na classificação das classes sociais brasileiras.
E eu fico dando amostras das minhas origens de Maria do Bairro toda hora. Os conhecidos mais perspicazes já devem ter notado.

Hoje depois da aula, fui pegar o ÔNIBUS pra voltar pra casa. Quer dizer. Daí, duas meninas (riquinhas, por supuesto) da minha sala subiram no mesmo busão que eu (pois é, vai ver o BMW delas está estragado). Até aí morreu Neves. O problema é que na hora de descer, eu dei sinal, o motorista parou e não abriu a porta pra mim, e já ia arrancando.
Não deu outra, e eu berrei, a todos pulmões:
Ô MOTÔ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

PRONTO. ASSINEI O ATESTADO DE POOOOOOOOOOOOOOOOOOBRE! E as duas meninas que testemunharam o fato poderão contestar, na próxima aula, quando a professora disser "NÓS AQUI, DA CLASSE B", dizendo que há uma INFORMANTE DA CLASSE C, disfarçada no meio dos ricóides da região. Enfim, tanto faz, qualquer coisa eu já tenho adEvogados engatilhados pra processar. FINGENÉ. Porque sou pobre, mas sou limpinha (minha bolsa nem tanto, mas também.)