segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Carros e carrinhos

Ontem comprei uma revista portuguesa (hahahaha, comprei a portuguesa porque era mais barata que a brasileira... 6,90 x 7,50), que tinha uma propaganda de um carro, mais precisamente, um carrinho. Não sei se as vírgulas ficaram bem na frase anterior, mas acho que deu pra entender.


Normalmente nem ligo pra carro, a não ser o deus dos carros, chamado pelos populares de Peugeot 407. Mas mesmo assim. Só que esse carrinho da propaganda era bonitinho, era um carro pequenino, aquele de dois lugares, compacto, parece que é bem comum na Europa. Alguma menina lá da minha sala pode me confirmar isso depois. heh.


Só que esse anúncio do carrinho não trazia nenhuma foto dele, só uma imagem de dois carros estacionados, com um espaço bem pequeno entre eles, e um rascunho desse mini-carrinho desenhado nesse espaço. Sendo assim, meu comparsa olhou essa propaganda e ficou intrigado com o carro, porque ele nunca viu, nem comeu, e nem ouviu falar.


Aí eu lembrei que tinha visto uma foto desse carrinho no álbum do orkut de um amigo meu Classe B que está em viagem pela Europa. Então, fiquei de mostrar essa foto pro meu comparsa.


Aí eu esqueci.


Aí a gente acordou hoje e fomos caminhar na rua. O que a gente vê, assim, de cara, passando lepidamente (ui!) pelo asfalto? O TAL CARRINHO. Todo bonitinho, realmente muito compacto. Menor que o Ka e menor ainda que o Fiat Ka, ops, Fiat 500. Com duas pessoas dentro, muita gente na rua e só meu comparsa olhando eles passar. (Porque eu já aprendi a não ficar olhando deslumbrada os arroubos de chiqueza do pessoal nativo.)

Então eu lembro. É a Barra. Juro que tem hora que me ESQUEÇO de que estou na Barra, sempre fico achando que tô lá no meu bairro classe C/D, onde nêgo mais anda é de charrete (coisa que ainda não vi aqui) e onde também eu nunca veria NEM MESMO uma propaganda desse querido mini carro (já que revista européia é coisa chique. abapha).

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Mais sintomas de classeC-ismo

Estive ausente porque andei passeando pela minha roça de origem, e lá, claro, não tem internet.

Mas mesmo assim pude perceber alguns comportamentos que indicam seriamente que eu continuo, e como!, tendo comportamento de Classe C.

Bom, fui pra minha roça, e eu deveria voltar num dia X, porque eu teria aula no dia X + 1. Mas, a parentada do meu comparsa viria para a Barra no dia X + 2, de carro, pela estrada afora. Acho que vocês já fizeram a ligação, né. Pra não precisar pagar passagem, resolvi perder um dia de aula e vir de carona com a parentada do comparsa. Não existe nada mais classe C do que alterar a rotina por causa de carona.

Depois, em um dia de aula, fizemos um café da manhã, onde cada um de nós levou alguma comidinha. Aí pessoal se empanturrou, e talz, e acabou a aula, e ainda tinha comidinha sobrando. Rapidinho embalei as coisinhas que eu levei, que era pra eu levar pra casa, ué. Até aí morreu Neves, várias outras pessoas também embalaram suas coisinhas. Só que a dona do saquinho de "mini pão francês" não apareceu. Aí, claro, lá fui eu avisar: 'ó, se ninguém quer esse pão aqui, eu quero levar!'. Pelo menos não completei com "Na minha casa não tem pão", porque aí ia ser ridículo. Apesar de verdade, naquele dia, realmente, minha casa não tinha pão. Mas é mais por preguicinha de ir na padaria, mesmo. E o pão tava gostosinho... Aí amarrei o saquinho e levei.

Aguardem por mais pobrezas!