segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Sobrenomes

Como eu sempre convivi com pobreza, o povo todo tinha era sobrenome de pobre mesmo. Um ou outro tinha algum sobrenome mais chique, algum parente distante que veio dazAlemanha, ou dazItália, mas era tudo tão Classe D como eu. Lembrando que me tornei Classe C há dois meses.
Então éramos todos lá com nossos queridos sobrenomes do povão brasileiro, os quais não vou citar porque as pessoas podem ficar ofendidas ao verem seus ilustres sobrenomes jogados aqui como se fossem nomes de pobre. Porque tem gente famosa com nome de pobre. Subiu na vida, ué. Fora os casos de dois sobrenomes de pobre se juntarem e formarem uma combinação que exala riqueza. Não vou citar nomes, mas é fácil pensar em exemplos.
Mas, ah, se um dia eu ficasse famosa, iria correndo MUDAR de sobrenome, nada de TONI POBREZA, mas sim TONI SOBRENOMERUSSO, ou TONI SOBRENOMEALEMÃO. Italiano nem tem TANTA graça, porque todo mundo é descendente de italiano, até que se prove o contrário. Até eu sou, haha. Bem distante. Mas sou. And, whatsoever, continuo classe C.
Pois eu digo que o ideal é você ter um sobrenome ultra chique internacional e um mais pobrinho nacional. POR QUE? Porque quando você tem que dar nome e sobrenome pelo telefone, é mais fácil falar um nome comum do Brasil do que ficar tendo de soletrar o sobrenome chique pro atendente bocó que não compreende russo ou holandês.
Mas tá, voltando ao propósito, cá estou eu na Barra com meus belíssimos sobrenomes de pobre e nome de pobre também, e, pior, composto, pra fazer a alegria da galera.
Tô lá na aula, aí vejo os sobrenomes das colegas de trabalho: holandês, alemão, inglês, dupla nacionalidade, e eu, bem, tenho dupla nacionalidade ESTATAL, meu estado-natal e o Rio, já vale de alguma coisa, não?
Não.
Porque várias pessoas têm dupla nacionalidade for reals. Ai-meus-sais. Classe A, né gente, classe A. Também, pra eles, a dupla nacionalidade vai valer efetivamente pra alguma coisa, já que eles podem ir visitar o outro país nas férias e talz. Pra mim, ia ser só o status mesmo. Imagina que chique, Toni é brasileira E japonesa. Astonishing!
Classe C é assim mesmo. Acha que todo mundo que vai pro exterior é rykoh e phyno. Imagina quem vai pra morar, ou quem tem nacionalidade estrangeira e pode ficar o tempo que quiser, só frequentando as lojas chiques e admirando os pontos turísticos, tudo de boa na lagoa. Nem sempre é chique, mas a gente acha que é, porque a gente não tem grana nem pra pagar as passagens.

5 comentários:

Flávia disse...

hahaha rindo sozinha aqui na redação da TV... óóóótimo post! eu sou phynna, minha filha! a união de meus sobrenomes pobres virou um cantor que só vovós e vovôs realmente se recordam.

concordo totalmente: "Classe C é assim mesmo. Acha que todo mundo que vai pro exterior é rykoh e phyno". eu acho. e não são? kkk

Anônimo disse...

aqui na minha familia, somos todos de classe A.. alguns de classe B..
mas tbm temos nomes de pobres. o meu ateh q não eh, me chamo: "Gabrilli Valentini".. mas tem outros q são "Edmilson", "Francisca", Antonio" dentre outros, mas agente se acostuma.. kkk
mas ateh q gosto do meu nome..

Anônimo disse...

Enquanto uns reclamam, outros acham bom. Quem dera se eu ter um sobrenome português. Pelo menos aí eu não teria de soletrar ele toda vez que eu falasse o nome completo...

Anônimo disse...

Não sei de que classe sou hahaha not cool. Mmmm....Me chamo Thainá Tonzar. Odeio meu nome portanto sou mais conhecida como Thay Tonzar com até mesmo ThayTon!! :)xoxo

toni disse...

adoro junção de nome e sobrenome, tipo KStew. Sério. Com meu nome ficaria simplesmente ridiculo. Curti o ThayTon :)

Ô Anônimo do sobrenome não-português, eu te invejo, mas só um pouco, porque odeio soletrar meu sobrenome. Apesar de português e comum, todo mundo entende errado. MAs acho tão lindo sobrenome estrangeiro.